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 Em colaboração com o Prof. Doutor Paulo Carvalho temos colaborado no desenvolvimento de tecnologias pioneiras na área da telemonitorização cardiovascular.

HeartCycle: ao som do coração!

Chama-se «HeartCycle» e promete ter um impacto significativo na monitorização remota de doenças cardiovasculares. Trata-se de um projeto europeu e conta com a participação de 17 parceiros, entre os quais empresas de topo mundial na área das comunicações, hospitais e universidades, nomeadamente a Universidade de Coimbra (UC).

Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (FCTUC), coordenada por Paulo de Carvalho desenvolveu uma tecnologia de nova geração para monitorização remota de Doentes cardíacos.

O projeto HeartCycle teve como objectivo iniciar uma terceira geração de dispositivos de telemonitorização, uma vez que se tratam de dispositivos que tem capacidade, não só de detectar disfunções de forma precoce, mas também de poder interagir diretamente com os intervenientes, em particular fornecendo recomendações sobre a terapia mais adequada. Ou seja, pretendem por um lado dar apoio ao médico e por outro lado dar apoio direto à gestão da doença ao doente, no seu dia-a-dia. O «HeartCycle» está direcionado para doentes com insuficiência cardíaca, doentes que têm um coração que já não é capaz de bombear o sangue necessário e, portanto, têm que ter cuidados muito específicos. Estes doentes têm que ser monitorizados regularmente. Este sistema é importante, por várias razões, seja do ponto de vista de qualidade de vida do doente, seja porque é uma doença extremamente debilitante, seja do ponto de vista económico, uma vez que é importante  evitar que o doente entre em descompensação e seja novamente hospitalizado. Este sistema consegue determinar, entre outras, duas variáveis que o cardiologista usa no seu raciocínio clínico diário: o débito cardíaco e a resistência periférica. O débito cardíaco é basicamente a quantidade que o sangue consegue bombear por minuto; a resistência periférica é a resistência que a rede vascular faz ao fluxo desse sangue. Com o sistema agora desenvolvido o doente passa a ter a possibilidade de efetuar estas medições no conforto da sua casa, diáriamente. Numa situação normal estas medidas são apenas determinadas nas consultas efectuadas pelo doente no hospital (por vezes anualmente), recorrendo a equipamentos operados por técnicos especializados.

Para já, existe um protótipo do equipamento que foi já testado em pacientes e validado clinicamente. O equipamento, que se materializa numa camisola, é composto por um conjunto de sensores têxteis para recolher o eletrocardiograma e a impedância através de sensores com dois microfones que permitem proceder à auscultação do coração e determinar todos os eventos que ocorrem no órgão e, ainda, por um dispositivo electrónico que recolhe toda a informação.